18/04/2024
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Vamos brincar de que? A importância das brincadeiras de antigamente.

Nos anos 80, o Atari era uma febre: Enduro, River Raid e Space Invaders dominavam as casas de muitas crianças e adolescentes. Aqueles gráficos que, hoje, parecem coisa de criança mesmo, eram o máximo em

Nos anos 80, o Atari era uma febre: Enduro, River Raid e Space Invaders dominavam as casas de muitas crianças e adolescentes. Aqueles gráficos que, hoje, parecem coisa de criança mesmo, eram o máximo em tecnologia de games.
Mais de 30 anos depois, o mundo dos games evoluiu tanto que, com a realidade aumentada, ficará difícil saber o que é real e o que vem de algoritmos.

As telas, de fato, fascinam as crianças. Porque há muitos recursos, cores e elementos piscando, caindo e se transformando o tempo todo, fica até mais complexo piscar os olhos. Não sejamos tecnófobos. A tecnologia e os games, em particular, podem ajudar na coordenação motora e no raciocínio lógico.

O problema, como quase tudo na vida, é o excesso.

Por ter um único tipo de estímulo, por, muitas vezes, ser solitário, pelo sedentarismo, pela maior incidência de problemas relacionados à visão, ficar muitas horas em frente a qualquer tipo de tela digital, faz mal. Física e psicologicamente.

A primeira infância e crianças de até 5, 6 anos, aprendem, principalmente, brincando.
Então, por que não estimulá-las com brincadeiras que nós, pais, brincávamos quando crianças?

Há muitas vantagens nisso:
• Boa parte delas é feita fora de casa. Se a rua é perigosa e você não mora em um condomínio com aqueles espaços gigantes comuns a todos os moradores, há os parques, as praças e lugares mais reservados próprios para crianças. Sair de casa traz novos estímulos aos filhos: ambientes diferentes, pessoas diferentes. E a presença do sol, tão importante para a saúde dos pequenos.
• Resgate cultural, um elo com a sua própria história: você pode contar ao seu filho como você brincava com determinado objeto, como era você criança, quais eram as brincadeiras mais legais da sua época. Compartilhar é uma forma de aumentar sua conexão com ele, é mostrar que se importa.
• As brincadeiras de antigamente costumavam ser coletivas. É uma ótima forma de ter experiências em grupo, aprender a ceder, a dividir, a ter um convívio saudável com outras crianças de diferentes origens e atitudes.
• Movimento: reparou que a maioria delas gasta muita energia da criança? Perfeito em vários sentidos: ela será mais saudável, menos estressada, mais calma (dentro do possível). E dormirá feito um anjinho, aquele filho que você terá tanto orgulho em dizer para os outros: “meu filho não dá trabalho não”.

O mais engraçado é que brincadeiras de antigamente parecem tão distantes, porque o mundo está em um ritmo aceleradíssimo, muito em função da era digital.
Mas elas faziam parte das mesmas crianças fãs de Atari, há 30 e poucos anos.

Cabe aos adultos resgatá-las, mostrar esse admirável mundo novo à nova geração.

Vocês lembram da “Batata Frita”?
De costas para o grupo, uma criança, que será a batatinha, fala bem alto: “Batatinha frita um, dois, três!”. Enquanto ela diz a frase, as outras crianças tentam se aproximar da batatinha, mas precisam paralisar assim que ela acabar de falar e virar de frente pra elas. Se alguém for pego se mexendo, está fora. O primeiro que conseguir encostar nas costas da criança batatinha, vence.

E Queimado(a)?
Detalhe: queimado para os cariocas, queimada para os paulistas.
Uma bola de vôlei era usada para ser arremessada ao time adversário. Se um deles pegasse a bola, o outro time passava a ter a posse dela. Se a bola acertasse o outro, ele ia para a ‘prisão’.

Pular corda, amarelinha, esconde-esconde, elástico, passa anel, dança da cadeira, estátua, uni-duni-tê, polícia e ladrão, soltar pipa.

Deu saudades?
O bom de ter filho é que a gente pode voltar a ser criança sem ninguém achar estranho.

Como diria a personagem do desenho Show da Luna: “Eu quero saber!”.
Mostre pra ele as brincadeiras de antigamente que podem ser tão fascinantes como uma partida de Pokémon Go.

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