29/03/2024
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5 fatos sobre obesidade infantil que você precisa saber

Não é segredo que a obesidade infantil é, devido ao crescimento de sua incidência, um dos temas mais falados no momento, quando o assunto é saúde. "Criança rechonchuda era sinônimo de criança saudável", relembra o

Não é segredo que a obesidade infantil é, devido ao crescimento de sua incidência, um dos temas mais falados no momento, quando o assunto é saúde. “Criança rechonchuda era sinônimo de criança saudável”, relembra o oncologista e escritor brasileiro Drauzio Varella. “De certa forma, havia lógica nesse conceito. Numa época em que não existiam antibióticos, crianças mais nutridas resistiam melhor aos processos infecciosos na infância.”

No entanto, hoje, sabemos que não é sempre assim. Hoje, a obesidade infantil é um problema sério de saúde, cujo número de casos vem subindo cada vez mais. As causas para isso são muitas, mas alguns pontos já estão definidos. Veja mais sobre abaixo, com o suporte de Dra. Sandra Villares,  coordenadora do Ambulatório de Obesidade Infantil do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.

  • Obesidade x sobrepeso

“Em geral, a mãe tem sensibilidade para notar que a criança está um pouco mais forte do que os coleguinhas de mesma idade. A mãe ou os familiares perceberem esse fato é o primeiro passo para estabelecer a distinção”, explica a doutora. Para fazer essa diferenciação, os médicos fazem o cálculo do IMC e analisam-no por meio de gráficos, encontrados no site www.abeso.org.br. “Se o percentual dessa medida for igual ou abaixo de 85, a criança está dentro do peso esperado. Acima de 95, já é considerado alerta para obesidade”, acrescenta. Além disso, a doutora lembra que o cálculo para crianças é diferente do utilizado para adultos.

  • As causas

São muitas as causas que levam à obesidade infantil. A predisposição genética está na grande maioria da população no mundo atual; no entanto, para isso manifestar-se, depende muito das condições em que a criança é criada. A alimentação desregrada, com salgadinhos e frituras, e o sedentarismo, incentivado pelas horas passadas em frente a televisões e computadores, contribuem muito para esse processo.

Grandes mudanças e ansiedade também podem acarretar em hábitos alimentares excessivos, podendo desencadear a obesidade. “Mãe diabética é também é fator de risco para a obesidade infantil e para o desenvolvimento de diabetes na fase adulta”, lembra Dra. Villares. A hipoglicemia da mãe estimula o pâncreas da criança a liberar mais insulina e a tornar-se mais sujeita a desenvolver diabetes.”

  • O tratamento

Para o tratamento, o centro de tudo é, definitivamente, reeducação alimentar. Se a obesidade for detectada em seu filho ou filha, o médico orientará toda a família a respeito de novos hábitos alimentares. É uma mudança que deve partir de todos os membros da família, para que a criança tenha mais incentivo e motivação para comer de forma saudável e moderada. “Ninguém faz regime sozinho numa casa, muito menos uma criança. Não adianta a mãe dizer que bolacha recheada que está no armário é para o irmão, que é muito magrinho”, explica. “O tratamento inclui a família inteira.”

Em alguns casos, medicamentos também podem fazer parte do tratamento. O exercício físico também é incluído na rotina da criança em recuperação. Exercitar o corpo é importantíssimo para evitar o acúmulo de placas de gordura nas artérias.

  • A prevenção

A criação, desde cedo, de hábitos saudáveis de alimentação e de exercícios físicos regulares podem ajudar a evitar o sobrepeso e, talvez, por consequência, a obesidade infantil. A combinação desses dois elos é indispensável para que não se acumulem placas de gordura nas artérias, como lembra a doutora.

  • A epidemia 

“Dados revelam que 17% dos adolescentes estão com sobrepeso atualmente”, afirma Dra. Villares. “Já nos referimos às razões genéticas para o armazenamento de gordura. No entanto, a diminuição da atividade física e o aumento de ingestão de comida e de alimentos não saudáveis têm contribuído muito para a instalação do quadro de obesidade.”

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